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Antologia Mundo das Poesias

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Agradeço ao amigo poeta  Adriano Ferris Antologias  a organização de tão prestigiada publicação: Antologia No Mundo das Poesias que eu, Mauricio Duarte, participo como poeta. Alguns poemas que estão no livro: Seis da tarde Bateram os sinos na hora da Ave-Maria e os meus dentes rangeram porque os tempos são de morte e não porque nalgum canto obscuro da minha alma eu me tenha ressentido, não, esse perigo não existe mais, mas às seis da tarde, os tempos são de morte; minha cabeça dói. Só esses loucos é que sabem... Bateram os sinos naquela hora dos culpados e dos que culpam e a minha voz era rouca, a lágrima caía, meus olhos, inundando os mares do meu rosto; sem que eu pudesse dizer nem ao menos: deixe-me, deixe-me. Em si, fora da morte, sangue, carne; minha cabeça dói. Só esses loucos é que sabem... Bateram os sinos no fim daquela tarde e o sol purgava os sons da tristeza, que vinham ao encontro da nossa santidade ou do que de diabólico temos. Não faz

Gil de Siloe

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Gil de Siloe      Morto em cerca de 1505 Um escultor que trabalhou em mármore e alabastro com grande delicadeza Todos os tipos de mistérios cercam as origens, datas e a vida do escultor gil de Siloe, que não foi apenas um dos maiores artistas da última meia era na Espanha, mas foi também o pai de Diego de Siloe.  Este último iniciou uma época notável no período da Renascença, dentro da história da arte espanhola. É quase certo que o estilo de Siloe estava completamente formado quando em 1475 ele apareceu rapidamente em Burgos, então uma cidade de considerável vigor.  Supostamente foi por essa época que o escultor começou a sepultura do bispo Dom Alonso de Cartagena na catedral, um trabalho importante, mas não tão expressivo do seu estilo como os últimos trabalhos.  Em 1486 ele trabalhava na sepultura de João II e Isabel de Portugal, e de 1489 a 1493 na sepultura do Infante Dom Alfonso, ambas comissões, tendo sido executadas no Monastério Cartuxo de Miraflores,  próxi

Minha participação no Apogeu Poético Festivo da AVL

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Minha participação no Apogeu Poético Festivo da AVL em homenagem ao Patrono poeta António Aleixo .  Academia Virtual de Letras Patrono: Paulo Coelho Acadêmico: Mauricio Duarte Cadeira: 18 Apogeu Poético em Homenagem ao Patrono da AVL António Aleixo Expropriação ou roubo? Não é justo o que vivemos todo dia... Estado que não é nação, crianças passando fome, drogadição em massa, ilusão capitalista, valores corrompidos, doenças e epidemias, balbúrdia, enfim. Mas nunca. Nunca será correto roubar... Tenha o nome que tiver. Não é justo o que vivemos todo dia... Corrupção, despreparo policial, crimes, assassinatos, falta de serviços, má utilização da gestão pública... desordem, enfim. Mas nunca. Nunca será correto roubar... Tenha o nome que tiver. Não é justo o que vivemos todo dia... Desigualdade social, opulência de falsas elites, descaso com o dinheiro público, estelionato social, insegurança institucional, caos, enfim. Mas nunca. Nunca será correto roubar... Tenha o nome que tiver. Mau

Honestidade

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Honestidade Ser honesto parece que virou raridade na nossa política atual.  O cenário brasileiro apresenta casos, denúncias, delações, investigações e toda sorte de desconfianças sobre a ética e a conduta de autoridades. Mas ser honesto é mais profundo do que a sua relação com a política, que, aliás, nunca gozou de grandes níveis de honestidade em nenhum período da história nacional. Ter a honestidade como norte significa, antes de tudo, ser honesto consigo mesmo.  Será que estou fazendo alguma atividade apenas por prestígio social e não porque realmente quero, desejo ou preciso fazer aquela atividade?  Estou quites com a minha consciência em relação a algo que fiz ou deixei de fazer?  Estou querendo agradar a outrem por estar fazendo determinada coisa e esquecendo das minhas próprias prioridades?  Estas perguntas são importantes e necessárias para que se tenha uma condição honesta de vida. O interior nosso é rico.  Mesmo quem não cultiva seu interior frequentemente, pode

Artes visuais

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Artes visuais Escrever sobre artes visuais é como tentar descrever uma sessão de meditação profunda.  Na verdade, é indescritível...  É preciso experimentar... As palavras são boas para o mundo objetivo, pragmático, direto que parece ser nosso destino no mundo dos negócios e das relações de trabalho, cuja utilização da tecnologia e da ciência sempre quiseram construir ou estiveram a serviço no projeto civilizatório.  Os poetas, músicos e compositores – e eu me incluo aqui, como poeta – irão imediatamente protestar.  A linguagem poética, no entanto, trabalha, em geral, na margem, quase como um desvio da linguagem da escrita ou da oralidade.  E é daí, talvez, que venha a sua maior força: a subjetividade, a dubiedade, o contexto fora de contexto que diz tudo com tão pouco, apenas... palavras... Ou chega ao âmago do sentimento, apenas com... palavras... As palavras, porém, já foram símbolos, antes de serem palavras.  Desde a escrita de Biblos, cidade fenícia de onde veio o alfab

Índice-enlevo

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Índice-enlevo Um animal irracional, um cão, por exemplo, segue apenas seu focinho e reage ou vive experiências à medida que essas experiências chegam até sua esfera de percepção canina. Isto é, conforme citado por Chip Walter em seu livro “Polegares e Lágrimas . e outras peculiaridades que nos tornam humanos”, memória indexical, termo usado por Terrence Deacon para explicar as reações de uma criatura irracional guiada por instintos. Essas reações são “um índice linear de experiências ou reações que entram por um lobo cerebral e saem pelo outro.” Traçando um paralelo com esse índice, a memória indexical, pode-se afirmar que o índice-enlevo se vale da consciência do presente – passado e futuro não existem, um já se foi e o outro não chegou ainda – para gerar símbolos de espiritualidade elevada. O córtex pré-frontal, responsável pela priorização, protelação ou inibição de atitudes, atividades ou reações mentais e a memória operacional são a causa da simbolização e da organização d

Série Distúrbio

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Distúrbio, Distúrbio 2, Distúrbio 3, Distúrbio 4, Distúrbio 5, Distúrbio 6 nanquim e colagem s/ papel couché e cartão triplex 21 x 29,7 cm 2018 Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)