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Artigo: Liderança equivocada

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Por  Heitor Pitombo Artigo  publicado originalmente na revista Mundo dos Super-Heróis 65 (março/2015) e reproduzido com autorização do autor e da publicação. Em 30 de janeiro, enquanto se comemorava o Dia do Quadrinho  Nacional , foi lançada no Rio de Janeiro a autointitulada Academia Brasileira de Histórias em Quadrinhos (ABRA-HQ). A cerimônia teve direito a hino nacional (ver vídeo abaixo), entrega de medalhas e tudo o mais. Na ocasião, foram anunciados os nomes de 20 artistas que nomeiam as cadeiras da instituição – incluindo o mestre norte-americano Alex Raymond -, assim como os de 20 “imortais” que as ocupam. Entre eles, alguns colecionadores. Se não bastasse o fato desses nomes não terem passado por nenhuma votação entre a classe de quadrinhistas brasileiros, a presidente e porta-voz da Academia, a atriz e roteirista Agata Desmond, vem usando habilmente a mídia não especializada para divulgar propostas inócuas e espalhar inverdades sobre o mercado brasileiro, como disse

Halleymania: 30 anos depois

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Por Marcus Ramone Como um brasileiro transformou um corpo celeste no maior fenômeno comercial da história da astronomia e despertou o interesse da Marvel . O publicitário mineiro Marcelo Diniz sofre de bipolaridade. Em seu último livro, Crônicas de um bipolar ( Record , 2010), ele revelou algumas situações inusitadas que protagonizou como consequência do transtorno. Foi assim em 1980, do alto de seus 32 anos, quando trabalhava em um gigante da indústria de cigarros e teve um insight , “de acordo com uma característica da bipolaridade, que é ter a cabeça sempre a mil, procurando novas ideias”, como disse ao Universo HQ . Naquela época, as primeiras reportagens sobre a nova visita do cometa Halley às proximidades da Terra começavam a surgir em jornais e TVs. Mas o assunto ainda não despertava o interesse que viria a ter mais tarde. A Era dos Halley “Eu pens

O marketing literário

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O ofício do escritor é uma missão. Algo que você pratica durante a vida toda. Você não brinca de escrever e nem mesmo deve passar essa impressão. Uma coisa muito incômoda é quando você diz que é escritor e o outro dá um sorrisinho e pergunta: "Ah ta; mas você trabalha com o quê"? Infelizmente isso acontece. O escritor vive escrevendo, mas nem tudo se resume a apenas livros. Você escreve artigos, atualiza blogs, colabora em colunas, responde a e-mails, participa com comentários, entre outras coisas. Tudo isso de certa forma, contribui para uma biografia, mesmo que informalmente. O escritor deve viver e praticar o marketing. Isso acontece porque também um escritor é descoberto e reconhecido através de sua obra cultural literária. Vai chegar o momento em que alguém importante e formador de opinião reconhecerá e ficará admirado com o seu trabalho; e o que acontecerá? Ele pesquisará tudo o que você já escreveu, seja na linha virtual como na editorial. Nessa questão, nunca a

Ferreira Gullar falando de arte

Ferreira Gullar, um dos mais importantes críticos de arte da atualidade, além de poeta, concedeu esta entrevista abaixo em 2007 ao Jornal de Brasília, que transcrevo, pela sua atualidade e importantes observações sobre o mundo das artes plásticas hoje. É importante lembrar que Ferreira Gullar e Hélio Oiticica, artista plástico brasileiro, participaram juntos da criação do Neoconcretismo, no final dos anos 50. Em 1959, Gullar escreveu o Manifesto Neoconcreto, que influenciou decisivamente o desenvolvimento da obra de Oiticica. Em seguida, Gullar formulou sua Teoria do Não-objeto, a partir da observação do processo criativo de Lygia Clark. Depois, ele fez autocrítica dessas posições anteriores. Jornal de Brasília - No que consiste e o que induziu a esta situação de mistificação no território das artes? Ferreira Gullar - A questão é que as tendências mais radicais da arte contemporânea levaram a uma destruição das linguagens artísticas. Por falta de co

A arte contemporânea segundo Ferreira Gullar

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 por Marcelo Vinicius Interessante matéria do jornalista Ivan Cláudio na "Isto É", que toma como pretexto exposições para levantar questões sobre os rumos da arte contemporânea. Onde discute a dominação cultural e a alienação das vanguardas. Ultimamente o poeta Ferreira Gullar andou despertando polêmicas. Uma das suas obras, "A arte contemporânea brasileira" aborda o problema da crise da Arte, relacionando-o com a sempre complicada relação entre Arte e Mercado. Como houve dois posts sobre Arte Conceitual e similares, exponho aqui uma outra observação sobre a Arte Conceitual e a Contemporânea em geral, agora na visão de Ferreira Gullar. Há tempos, revista Isto É publicou uma matéria do repórter Ivan Claudio sobre duas exposições, na qual ele ouvia as artistas e o crítico Ferreira Gullar. Esta entrevista foi complementada também pelo jornalista Fábio Palácio. Segue a entrevista com o Gullar: O senhor diz que a arte tem que emocionar, caso co

O uso da gravura de temática religiosa na formação do artista na Academia Imperial das Belas Artes *

Reginaldo da Rocha Leite Este texto tem por objetivo central abordar a relevância da gravura artística de temática religiosa no ensino acadêmico brasileiro, tendo a Academia Imperial das Belas Artes como estudo de caso. É notório o papel fundamental dos livros de gravuras europeias utilizados durante o período colonial, alicerçando a realização de trabalhos pictóricos em tetos de igrejas brasileiras. No entanto, a contribuição da gravura não se restringe ao Brasil-colônia sendo, também, material didático nas aulas ministradas na Academia Imperial. Durante o Oitocentos, no Brasil, a ausência de Museus implicou na busca por uma alternativa palpável para a consulta dos alunos a obras de grandes mestres europeus.  Adquirir pinturas originais ou cópias de telas estrangeiras nem sempre era possível; portanto, a saída para o impasse foi recorrer à gravura de reprodução. Várias coleções de gravuras foram compradas pela Academia Imperial das Belas Artes respeitando determinados crit

Exposição virtual interativa Artistas do Catálogo 2014

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" A exposição virtual interativa Artistas do Catálogo 2014 reúne 28 talentos que participaram do Catálogo Online de Arte da Nossa Galeria de Arte em 2014.  Com mais de 500 obras de arte, o Catálogo Online da Nossa Galeria de Arte conta com representantes de vários estados brasileiros, traduzindo-se num importante instrumento de divulgação na web, aberto a diferentes gerações, vivências, saberes, trajetórias, criatividades, tendências, estilos e técnicas, uma ambiência que possibilita o diálogo entre múltiplas linguagens, promovendo o conhecimento e reconhecimento dos nossos valores artísticos.  Em tempo em que o mundo privilegia a expansão de novas fronteiras em várias áreas e níveis, o Catálogo Online da Nossa Galeria de Arte oferece uma aproximação diferenciada com o espectador, contribuindo para o deslocamento da referência comum a centros culturais, galerias e museus, como chave de acesso à Arte.  A exposição virtual interativa Artistas do Catálogo 2014 apresenta um pain