Postagens

Mostrando postagens de maio 18, 2014

A guerra perdida contra a pirataria | Carolina Pinho

A pirataria é um problema do nosso tempo. A indústria do entretenimento, seja música, games, tv ou filmes, não sabe lidar com a situação. Para piorar, qualquer computador conectado à internet é, em potencial, uma ferramenta e um reprodutor de produtos piratas. Há tempos li este artigo de Dan Misener sobre a pirataria na indústria editorial e o medo que isso gera nas editoras. Os pontos que ele levanta podem ser aplicados a toda a indústria de entretenimento. Misener afirma que existem três tipos de piratas: os que apreciam burlar o sistema; os que não tem dinheiro para consumir e os que não tem o produto disponível para a compra legal . Destes tipos o único que a indústria é incapaz de conquistar é o primeiro, os dois restantes é uma questão de adaptação e entendimento dos tempos atuais. Vamos trazer o caso para a realidade brasileira. Os seriados chegam aqui com meses ou até anos de atraso, depende se

Os Enredos Paralelos

Imagem
Nem toda história rende a ponto de se transformar em um romance pelo fato de não ter conteúdo o suficiente. Para isso, é necessário aprofundar mais na biografia e características de personagens. Os principais, os coadjuvantes e os vilões precisam ter uma aparição bem desenvolvida para que a história tenha sentido. Mas o autor deve se atentar para que tudo tenha sentido, para que não apareçam incoerências e motivos desnecessários para que o personagem exista na história. Como já havia informado sobre o conceito de literatura fantástica, se você criar um personagem bizarro, ele precisa ter motivo para existir naquela história. Literatura fantástica não é literatura ilógica. Um dos segredos mais notáveis para tornar uma obra mais rica de informações e conteúdo é o enredo paralelo. É praticamente essencial para quem quer publicar um romance de mais de cem páginas. Já notou como muitas novelas conseguem durar tanto tempo? Um período de oito meses, equivalem a 192 capítulos. Somando

Resenha: "Histórias De Quilombolas", de Flávio Dos Santos Gomes

Imagem
Histórias De Quilombolas, Flávio Dos Santos Gomes   Em "Histórias de quilombolas", Flávio dos Santos Gomes retrata o mundo interligado das senzalas e dos quilombos no Rio de Janeiro do século XIX. Resultado de pesquisa primorosa feita em arquivos policiais e judiciários, o livro descreve com detalhes as ligações dos quilombolas com grupos livres e com os cativos, mostrando como os fugitivos abalavam o equilíbrio das relações escravistas. A primeira parte do livro conta como, no sé culo XIX, os quilombos de Iguaçu, no recôncavo da Guanabara, resistiram à repressão das autoridades. Taberneiros, pequenos negociantes e escravos comerciavam com eles e os informavam sobre as expedições repressoras. A segunda parte examina a "insurreição quilombola" de Manoel Congo, em Vassouras, em 1838, de que participaram cativos africanos e "crioulos" (nascidos no Brasil), trabalhadores, domésticos e lavradores - tanto homens como mulheres.  O final r